Após a dinastia dos Severos (235) o Império Romano enfrentou uma sucessão de crises, que foram da anarquia militar às invasões germânicas e à substituição do escravismo pela servidão; os problemas internos agravaram-se com a falta de alimentos, a alta de preços e o declínio das manufaturas.
O fim da expansão territorial, que fez cessar o fornecimento de mão de obra escrava, levou os proprietários a arrendar suas terras a trabalhadores livres, os quais pagavam o arrendamento com parte da produção e, em sua maioria, estavam presos à terra em que trabalhavam. Essa situação foi confirmada por Constantino, que decretou a fixação do homem à terra, dando origem ao sistema de colonato, uma das instituições que forneceu as bases para a organização da sociedade feudal.
Tudo isso colaborou para uma profunda transformação da sociedade romana. O modelo socioeconômico criado em Roma chegara ao seu limite, não respondia mais às necessidades do homem do Mediterrâneo.
As dificuldades forçaram as populações a deslocar-se para o interior, provocando uma ruralidade da sociedade. Em busca de proteção, isolaram-se em vilas autossuficientes e autônomas.
Desse período, merecem destaque os imperadores
- Constantino - pelo Edito de Milão, concedeu liberdade de culto aos cristões, conquistando dessa forma um grande contingente de soldados para o Império, que vivia sob a ameaça de invasões; decretou a fixação do homem à terra em que trabalhava, solucionando o problema da mão de obra e da cobrança de impostos. Além disso, fundou, no Estreito de Bósforo, a cidade de Constantinopla, que se tornou a segunda capital do Império.
- Teodósio - oficializou o cristianismo e dividiu o Império Romano em dois: o do Oriente, cuja capital era Constantinopla, e o do Ocidente, cuja capital era Roma. O primeiro deu origem ao Império Bizantino, que sobreviveu até o século XV, quando foi dominado pelos turcos otomanos, e o segundo desapareceu com a invasão dos povos germânicos, os chamados bárbaros.
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