quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Legado da Cultura Romana

         Os romanos promoveram, no Mediterrâneo, uma unidade cultural, que, ao mesclar-se com a cultura germânica, serviu de matriz para a cultura ocidental-cristã.

        A maior expressão artística dos romanos foi a arquitetura, que integrou elementos da cultura etrusca, como a abóbora e o arco, com elementos helenísticos.









                           Na arquitetura romana destacavam-se as termas, que, além de oferecer banhos frios e quentes ou de vapor, abrigavam edifícios em que havia dependência destinadas a palestras, bibliotecas e arquivos.

           Os romanos foram os primeiros a estabelecer uma distinção entre propriedades públicas e privadas e, por extensão, entre as relações cidadão -Estado e de cidadãos entre si. Também foram os primeiros a organizar a sociedade a partir de um código de leis que se dividia em 

  • Jus Naturale - compêndio filosófico de direito;
  • Jus Gentium - conjunto de leis que regulavam os interesses das comunidades dominadas  por Roma, origem do Direito Internacional.
  • Jus Civile - conjunto de leis que regulavam os direitos dos cidadãos romanos.
        A literatura e a filosofia romanas foram fortemente influenciadas pelo pensamento grego, porém, deram a essas duas expressões culturais realismo e praticidade. A literatura foi marcada pela descrição da vida, sobretudo da vida rural. Na fase imperial, a principal característica foi a exaltação do passado romano, que inspirou a Eneida, de Virgílio, as Odes e Sátiras, de Horácio, e Faustos e metamorfoses, de Ovídio.

        No campo filosófico, marcado pelo estoicismo e pelo epicurismo, a principal preocupação era libertar os homens dos deuses e da morte e favorecer o entendimento de que a felicidade está na satisfação dos desejos físicos e naturais. Os grandes  representantes do estoicismo romano foram o imperador Marco Aurélio e Sêneca.

        Os romanos também tiveram grandes representantes na oratória, entre eles Cícero - com as  Catilinárias, Verrinas e Filípicas, serviu de modelo para a Retórica - e Catão - destacou-se na eloquência, transformando a oratória em um ramo da Literatura ao publicar seus discursos.

        Tito Lívio, com História romana e Suetônio com Vida dos Césares, destacaram-se na Historiografia. Também merecem destaque Políbio e Júlio Cesar, que escreveu De Bello Galico (comentários sobre a Guerra das Gálias). Essas obras não são classificadas como literárias, pois tinham o objetivo de descrever e  enaltecer Roma e seus grandes homens.

        O latim, língua dos romanos, deu origem a vários idiomas, que receberam o nome de línguas neolatinas, das quais são exemplos francês, português, espanhol, italiano e romeno, entre outras



Baixo Império (século III a V d.C.)

         Após a dinastia dos Severos (235) o Império Romano enfrentou uma sucessão de crises, que foram da anarquia militar às invasões germânicas e à substituição do escravismo pela servidão; os problemas internos agravaram-se com a falta de alimentos, a alta de preços e o declínio das manufaturas.

        O fim da expansão territorial, que fez cessar o fornecimento de mão de obra escrava, levou os proprietários a arrendar suas terras a trabalhadores livres, os quais pagavam o arrendamento com parte da produção e, em sua maioria, estavam presos à terra em que trabalhavam. Essa situação foi confirmada por Constantino, que decretou a fixação do homem à terra, dando origem ao sistema de colonato, uma das instituições que forneceu as bases para a organização da sociedade feudal.

        Tudo isso colaborou para uma profunda transformação da sociedade romana. O modelo socioeconômico criado em Roma chegara ao seu limite, não respondia mais às necessidades do homem do Mediterrâneo.

        As dificuldades forçaram as populações a deslocar-se para o interior, provocando uma ruralidade da sociedade. Em busca de proteção, isolaram-se em vilas autossuficientes e autônomas.

        Desse período, merecem destaque os imperadores   

  • Constantino - pelo Edito de Milão, concedeu liberdade de culto aos cristões, conquistando dessa forma um grande contingente de soldados para o Império, que vivia sob a ameaça de invasões; decretou a fixação do homem à terra em que trabalhava, solucionando o problema da mão de obra e da cobrança de impostos. Além disso, fundou, no Estreito de Bósforo, a cidade de Constantinopla, que se tornou a segunda capital do Império.
  •  Teodósio - oficializou o cristianismo e dividiu o Império Romano em dois: o do Oriente, cuja capital era Constantinopla, e o do Ocidente, cuja capital era Roma. O primeiro deu origem ao Império Bizantino, que sobreviveu até o século XV, quando foi dominado pelos turcos otomanos, e o segundo desapareceu com a invasão dos povos germânicos, os chamados bárbaros.



Primeira Lei de Newton

 

            A Primeira Lei de Newton, conhecida também como Princípio da Inércia, foi enunciada por Newton, em seu livro Principia, como Lei I.


     Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que ele seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele.


        A inércia é uma propriedade inerente da matéria, por meio da qual todo corpo tende a se opor à variação do seu estado de repouso ou  de movimento. Assim, todo corpo em repouso tende a continuar em repouso e todo corpo em movimento tende a continuar em movimento retilíneo uniforme. 


        A Primeira Lei de Newton também  pode ser enunciada assim:

         "Quando a resultante das forças que atuam numa partícula é nula, esta se encontra em                                          repouso ou em movimento retilíneo uniforme."

Quando maior a massa de um corpo, maior a sua Inércia, pois corpos de maior massa oferecem maior resistência à alteração de seu estado de repouso ou de movimento do que corpos de menor massa. Por exemplo: um elefante tem maior inércia do que uma bola de futebol, pois é mais difícil tirar o elefante do repouso do que a bola.  


            *Observação 

            O repouso também é denominado de equilíbrio estático, e o movimento retilíneo uniforme de equilíbrio dinâmico.

    segunda-feira, 1 de junho de 2020

    A civilização Mesopotâmica





             A Mesopotâmia foi habitada por vários povos. A palavra Mesopotâmia, em grego, significa "entre rios", ou seja, uma planície que se localiza entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Cáspio, percorrida pelos rios Tigre e Eufrates, onde atualmente se localiza o Iraque.
             Essa planície fértil atraiu vários grupos de invasores e vários povos instalaram-se e desenvolveram na região: sumérios, acádios, amoritas, cassitas, assírios e caldeus. Com uma população variada, as contribuições foram também diversificadas.
             A agricultura era a principal atividade econômica, aproveitando as enchentes dos rios. Plantavam arroz, trigo e cevada, fazendo trocas com os excedentes de produção, também de frutas e legumes. Desenvolveram o comércio com povos vizinhos e povos distantes da Índia e norte da África. Nesse comércio, criaram cartas de crédito, pesos de metal, selos especiais em formato de carimbos.
            Organizavam-se em cidades-Estado e as primeiras delas foram Uruk e Lagash. Os seus costumes não necessariamente leis, eram regidos pelo Código de Hamurábi, que era baseado no Direito Sumério e consolidava o poder do Estado e o desenvolimento comercial.
            Um dos princípios do Código de Hamurábi era a pena de Talião, que prescrevia rigorosas penas para punir os criminosos. O seu princípio básico era: "Olho por olho, dente por dente". Os sumérios criaram a escrita cuneiforme (era feita em sinais com a forma de cunha), que foi decifrada pelo inglês Rawlinson em 1847.





            Em virtude da presença de inúmeros povos, o clima de guerra era uma constante na Mesopotâmia e foram os assírios que se notabilizaram pelas conquistas de povos e cidades e pela forma cruel como tratavam os vencidos.
            Eram odiados pelos povos da época e foram destruídos pelos babilônios, cujo rei mais conhecido foi Nabucodonosor. Durante seu reinado foram construídos templos e palácios com jardins suspensos muito famosos e conhecidos como uma das maravilhasmdo mundo antigo.
            A religião era um aspecto importante na vida destes povos, que eram politeístas. Adoravam o Sol e a Lua. Estudavam astronomia, e acreditavam na interferência da posição dos astros na vida das pessoas. Inventaram o s horóscopos.
             Fizeram estudos e descobertas no campo da matemática. Desenvolveram a escultura e arquitetura decorando palácios e monumentos, que não resistiram à ação do tempo, pois eram feitas de argila.
             As suas cidades principais foram Ur, Nínive e Susa. Foram famosos por desenvolverem as técnicas de fabricação do vidro que era obtido da fusão de cal, soda, quartzo e areia.


    A civilização dos Persas





           Os persas eram de origem indo-européia, ou seja, os povos indo-europeus eram origiários das regiões que hoje correspondem à Pôlonia e sul da Rússia. A região, que fica entre o Mar Cáspio, o Golfo Pérsico, o Planalto do Irã, é elevada, com altitude em torno de 1.200 metros. Sua área central é quase desértica com verões muito quentes e invernos gelados.
           Nas encostas dessas montanhas, onde há florestas, pastagens e vales férteis, essas eram as terras ocupadas pelos persas e medos. Não contaram com grandes rios como os egípcios e mesopotâmicos;na principal riqueza era a exploração de minérios.
           O imperador mais famoso foi Ciro, que chegou a conquistar as terras da Babilônia e realizou grandes obras. Cambises, filho de Ciro, conquistou o Oriente Médio, ampliando os territórios dos persas, que tinham em Susa sua capital.
           O apogeu do Império Persa deuse sob o governo de Dario, no final do século VI a.c. Este rei construiu grandes estradas para escoar mercadorias que produziam e criou uma moeda de ouro chamada dárico. Dario dividiu o império em regiões administrativas que se chamavam satrápias e eram administradas por funcionários reais chamados sátrapas.
           No final do século VI a.c., os persas já haviam conquistado as colônias gregas, o que deu origem às Guerras Médicas, em que os persas foram derrotados pelos gregos.





           A religião dos persas, pregada por Zoroastro, baseava-se na existência de dois princípios antagônicos e inimigos: o Bem - espírito Ormuz, deus criador do Universo, e o Mal - deu Arimã, representado por uma serpente, criador das trevas, das doenças e dos pecados.
           Os persas copiaram e modificaram a escrita cuneiforme dos povos mesopotâmicos. A arte persa manifestou-se principalmente na escultura e arquitetura dos palácios de Persépolis e Susa e dos túmulos dos reis Passárgada.
           Usavam colunas finas com lindos capitéis e usavam leões como decoração colorida em muros de tijolos esmaltados. A sua organização política e militar também se tornou famosa.
           A queda do Império Persa ocorreu em virtude de guerras contínuas, de sua grande expansão (e a falta de controle sobre seu próprio território), da incapacidade dos sucessores de Dario I e, por último: no reinado de Dario III, o império Persa acabou sob o domínio de Alexandre Magno, rei macedônio (Alexandre, O Grande). Mesmo sendo o maior império da antiguidade, acabou decaindo em apenas alguns anos.

    Mitocôndria





             A respiração aeróbica utiliza o gás oxigênio, e o organoide responsável pela realização desse processo é a mitocôndria, pois ela produz ATP e consome oxigênio. Por isso, deve-se estudar primeiramente a morfologia desse organoide.
             As mitocôndrias podem ser visualizadas pela microscopia ópica com a utilização de corante Verde Janus. Elas estão em grande quantidade nas células eucarióticas. São organoides constituídos por duas membranas lipoproteicas, que delimitam dois compartimentos: a câmara externa e a câmara interna, onde se encontra a matriz mitocondrial.
            Existem diferenças estruturais entre essas membranas. A externa apresenta uma grande quantidade de proteinas transportadora do tipo canal, cuja função é permitir o livre acesso entre o citosol e o espaço intermembranoso. Já a membrana interna, de composição lipoproteica, promove seletividade. Essa seletividade é muito importante para manter a composição química da câmara interna, diferentemente do espaço intermembranoso. Como é possível perceber na ilustração anterior, a membrana interna apresenta dobras, denominadas de cristas mitocondriais. Essas cristas aumentam a superfície interna, tornando a produção de ATP mais eficiente, pois é nelas que ocorre a cadeia respiratória, etapa mais energética da respiração aeróbica.





           A matriz, que preenche a câmada interna, é uma solução altamente proteica, com enzimas envolvidas na degradação dos ácidos graxos e pelo ciclo de Klebs. Nessa matriz encontram-se DNA mitocondrial e ribossomos.
           Todas as mitocôndrias dos seres humanos originaram-se a partir de mitocôndrias maternas, provenientes do gameta feminino. O conjunto das mitocôndrias forma o condrioma.
           A mitocôndria consegue realizar um feedback em relação à quantidade de ATP na célula. Ela percebe o excesso dessa molécula energética e retarda sua atividade. O tecido muscular, por exemplo, pode necessitar de mais energia. As mitocôndrias se autoduplicam e aumentam em quantidade, até certo nível populacional, para suprir essa nova demanda energética. Caso o tecido muscular não precise dessa carga extra de energia, a população mitocondrial volta à quantidade inicial.

    Vírus





              Vírus são agentes infecciosos microscópicos, com dimensões em torno de 20 nm a 300 nm - portanto visíveis apenas ao microscópio eletrônico -, e são constituídos basicamente por uma cápsula proteica que envolve o material genético: DNA e RNA. Assim se apresentam os vírus, parasitas intracelulares obrigatórios que se reproduzem apenas no interior de células vivas e, por apresentarem essa organização acelular, não são incluídos em nenhum dos cinco reinos de seres vivos.

    Afinal os vírus não são tão maus como se pensa ….NOCTULA Channel ...

             O bacteriófago é um vírus de DNA que parasita bactérias. O estudo deseu ciclo viral permitiu aos cientistas conhecerem muito acerca desses microrganismo. Os bacteriófagos fixam-se à bactéria por meio das fibras sa cauda, a qual libera enzimas que perfuram a parede da célula, injetando o seu DNA viral, que passa a controlar a atividade metabólica da bactéria. Novas moléculas de DNA viral são sintetizadas no interior da bactéria, ocorrendo em seguida a formação de novas cápsulas proteicas. Em torno de aproximadamente 20 minutos, ocorre a ruptura da célula bacteriana com a liberação de dezenas de vírus capazes de invadir novas bactérias, recomeçando o ciclo.

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