segunda-feira, 1 de junho de 2020

Mitocôndria





         A respiração aeróbica utiliza o gás oxigênio, e o organoide responsável pela realização desse processo é a mitocôndria, pois ela produz ATP e consome oxigênio. Por isso, deve-se estudar primeiramente a morfologia desse organoide.
         As mitocôndrias podem ser visualizadas pela microscopia ópica com a utilização de corante Verde Janus. Elas estão em grande quantidade nas células eucarióticas. São organoides constituídos por duas membranas lipoproteicas, que delimitam dois compartimentos: a câmara externa e a câmara interna, onde se encontra a matriz mitocondrial.
        Existem diferenças estruturais entre essas membranas. A externa apresenta uma grande quantidade de proteinas transportadora do tipo canal, cuja função é permitir o livre acesso entre o citosol e o espaço intermembranoso. Já a membrana interna, de composição lipoproteica, promove seletividade. Essa seletividade é muito importante para manter a composição química da câmara interna, diferentemente do espaço intermembranoso. Como é possível perceber na ilustração anterior, a membrana interna apresenta dobras, denominadas de cristas mitocondriais. Essas cristas aumentam a superfície interna, tornando a produção de ATP mais eficiente, pois é nelas que ocorre a cadeia respiratória, etapa mais energética da respiração aeróbica.





       A matriz, que preenche a câmada interna, é uma solução altamente proteica, com enzimas envolvidas na degradação dos ácidos graxos e pelo ciclo de Klebs. Nessa matriz encontram-se DNA mitocondrial e ribossomos.
       Todas as mitocôndrias dos seres humanos originaram-se a partir de mitocôndrias maternas, provenientes do gameta feminino. O conjunto das mitocôndrias forma o condrioma.
       A mitocôndria consegue realizar um feedback em relação à quantidade de ATP na célula. Ela percebe o excesso dessa molécula energética e retarda sua atividade. O tecido muscular, por exemplo, pode necessitar de mais energia. As mitocôndrias se autoduplicam e aumentam em quantidade, até certo nível populacional, para suprir essa nova demanda energética. Caso o tecido muscular não precise dessa carga extra de energia, a população mitocondrial volta à quantidade inicial.

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