sábado, 28 de junho de 2014

Sofistas: a retórica






Os sofistas pertenciam, em geral, à periferia do mundo grego. Eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia. Empregavam a exposição ou monólogo como método de ensino. Levando em consideração os interesses dos alunos, davam aulas de eloquência e de sagacidade mental. Ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso nos negócios públicos e privados.  Alguns deles diziam-se mestres em qualquer assunto, desde a arte de fazer sapatos até a ciência política e como viver bem na pólis grega. Por isso eram chamados de sofistas, palavra de origem grega que quer dizer "grande mestre ou sábio", algo assim como "supersábios".

Segundo alguns estudiosos, as lições dos sofistas tinham como principal objetivo o desenvolvimento do poder de argumentação,a habilidade retórica, bem como o conhecimento de doutrinas divergentes.  De acordo com essa interpretação,  eles transmitiriam todo um jogo de palavras, raciocínios e concepções úteis para driblar as teses dos adversários e convencer as pessoas.

O momento histórico vivido pela civilização grega favoreceu o desenvolvimento desse tipo de atividade em Atenas. Era uma época de lutas políticas e intenso confrito de opiniões nas assembleias democráticas. Por isso, muitos cidadãos sentiam a necessidade de argumentar em público - para conseguir persuadir as pessoas em assembleias e, muitas vezes,  fazer prevalecer seus interesses individuais e de seu grupo social.

Essas características dos ensinamentos dos sofistas favoreceram o surgimento de concepções filosóficas relativistas sobre as coisas. Para o relativismo não há uma verdade única,  absoluta. Tudo seria relativo ao indivíduo, ao momento histórico,a um conjunto de fatores e circunstâncias de uma sociedade.



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